invertexto.com

Notepad Online

Bom dia, boa noite, boa tarde a você que tá aqui, lendo isso, já que não faço ideia, de qual momento do dia você vai ler isso. Hoje, dia 19.09.2022 as 01:25 da manhã resolvi começar a escrever isso aqui, é basicamente uma carta aberta pra mim mesmo, ou só um texto mesmo, sei lá, tentando mostrar um pouco pra vocês e me fazer entender todas as fases que já vivi com jogos eletrônicos. O motivo principal foi a felicidade que eu senti ontem, dia 18.09.2022, o dia em que a gente foi pela primeira vez campeão MUNDIAL de Valorant. Inicialmente, eu queria conseguir descrever o sentimento que tá passando por mim agora, não é nada absurdo, nada que ocupe todo espaço que poderia, só é um sentimento bom, uma felicidade meio que genuína, talvez. Acho que tudo começou pra mim com cerca de 7-8 anos, na escola onde eu estudei desde criancinha tive aula de informática em um laboratório com vários computadores, e diferentemente de muitas crianças da minha idade na época, ou alguns anos mais velha, eu não fui de frequentar lan house. Nessas aulas de informática eu acho que já conseguia entender que eu tinha uma relação diferenciada com o computador, eu sempre tive muita facilidade de aprender as coisas, sempre fui ‘’bom’’ naqueles joguinhos de Ojogos, Clickjogos, etc. (era só o que eu fazia nas aulas de informática, além de fuçar o computador). Logo depois tive computador em casa, daqueles raízes de antigamente, que ficava na sala de casa e a família toda usava, então desde cedo tive essa facilidade de acesso a um computador, o que logo se tornou minha paixão, sempre aprendia a fazer coisas novas, em vários programas, comecei a jogar várias coisas e logo se tornou um ‘’vício’’, só pra constar, eu acho que não deixava de brincar fora do computador, mas, com certeza, era onde eu mais me divertia. Fase 1: Dofus. Acho que aqui foi onde tudo começou, não lembro como, quando, ou o porquê de eu ter começado a jogar, mas comecei, e cara, foi uma das melhoras coisas que já fiz na vida, eu me viciei completamente em um MMORPG de turno, até hoje consigo lembrar dos momentos felizes que vivi naquilo, das pessoas que conheci, as amizades que eu fiz, as raivas que já passei, e cara, eu lembro que era completamente normal as pessoas mais velhas (pais, no geral), normalmente repudiarem esse contato das crianças ou pre adolescentes com pessoas online, que nem conhecem e tal, acho que era normal, considerando que a minha geração meio que pegou o ‘’boom’’ dos jogos online, então era algo que só a gente conseguia entender (estamos falando de 10 anos atrás ou mais). Dofus foi incrível, sério, fiz amizades que duraram anos, com pessoas que eu conhecia pessoalmente e com pessoas que só conhecia por um jogo, tive inúmeras realizações pessoais, metas que eu criava na minha cabeça, como simplesmente ‘’vou trabalhar essa semana inteira pra conseguir X item, simplesmente porque eu acho ele bonito’’ e a satisfação quando eu conseguia era tão grande, a felicidade, eu era uma criança, pré adolescente, sei lá, e ficava batendo vários prints do meu personagem e postando na internet, seja no facebook, em algum blog (sim, já tive blog de dofus), ou onde fosse. Vale lembrar, também, que foi aqui que comecei a gastar um pouco de R$ online… não dá pra julgar, né? As microtransações são feitas pra fisgar bobo, e eu era bobo pô, até hoje kkkkk. Esse jogo foi o primeiro que consigo me recordar que realmente me marcou e fez uma diferença absurda na minha vida, que, com certeza, de alguma maneira contribuiu pra pessoa que sou hoje e o que sinto por esses jogos, assim como os outros jogos que ainda vão aparecer aqui por esse texto. Fase 2: World of Warcraft. Cara, aqui eu nem sei explicar direito como aconteceu, mas eu já tava começando a fazer a mudança de ciclo de amigos com quem jogava online, e próximo a época que eu ia parando de jogar Dofus, comecei a jogar wow, é outro MMORPG, mas, ao mesmo tempo, é bem diferente, não era de turno, você anda com seu personagem por um mundo inacreditavelmente grande, e vai passando por outras pessoas que estão fazendo o que bem entendem, assim como você, o incrível desse tipo de jogo é a capacidade que te dão de literalmente escolher o que tu quer fazer, pode só matar bicho, pode só lutar contra outros jogadores, pode só passear pelo mapa e explorar as áreas, enfim, não é como uma segunda vida do jeito que parece, mas era incrível ainda assim. Joguei WoW por 8 anos, até hoje ainda entro as vezes (pra quem não sabe, foi por ANOS o jogo mais jogado do mundo, e até hoje se mantém pelo menos pelo top 3-5), inclusive, tenho uma tatuagem de uma das personagens desse jogo, que faz parte da história dele, a Sylvanas Windrunner. Não tenho muito o que falar aqui, por que foram tantos momentos, tantas horas que eu dediquei nesse jogo (gosto de usar o ‘’dedicar’’ pra me referir a isso, porque querendo ou não, era assim que eu me sentia e sinto ao jogar), que acabam se tornando irrelevantes pra serem expressos por palavras. Fase 3: League of Legends. Caraaaaaaa, aqui o bagulho ficou sinistro, papo reto kkkkk, em maio de 2012 comecei a jogar lol, e tipo, foi uma das piores escolhas que já fiz, sério kkkkk. Brincadeiras a parte, em 2012, com 11 anos comecei a jogar lol (juntamente de wow, nenhum atrapalhava o outro), e tipo, eu fui o primeiro dos meus amigos na época que começou a jogar, e ia convidando eles pra eu ter uma companhia, por que eu realmente gostava do jogo. Eu nunca fui de me dedicar pra ficar bom, por que quando a gente é mais novinho não pensa nisso (ou pensava, por que hoje em dia o cenário mudou muito e as crianças desde cedo já tem noção de que dá pra ser jogador profissional e viver do que você ama fazer). LoL é um jogo 5 contra 5 que depende muito do seu time, então acabava por ser bem estressante na maioria das vezes, mas mesmo assim foi aqui que o meu amor por e-sports começou a aparecer a aflorar. Pra quem não entende muito do assunto, e afinal, tudo o que tô escrevendo aqui é de uma maneira pra que qualquer pessoa leiga sobre o que tô dissertando consiga entender tudo, eu queria começar a explicar algumas coisas pra vocês. Aqui, 2012, era quando o negócio de esports tava começando a ganhar força. Não consigo falar muito do que acontecia entre 2000-2010 com os outros jogos, pois não foi minha época, mas aqui que começou a ganhar público, lol sempre foi um jogo que eu acompanhei os jogadores profissionais, assistia as pessoas boas jogando, as pessoas engraçadas e tal (famosos streamers, pessoas que se transmitem ao vivo jogando na internet). Aqui eu comecei a saber que existiam times profissionais, como se fossem clubes de futebol, mas clubes de League Of Legends, e eu achei isso muito foda, sério. Porra, é tipo tu ser uma criança que ama jogar bola e descobre que dá pra entrar na profissão ‘’jogador de futebol’’, no meu caso, eu amava jogar no computador, e descobri que tinha como viver disso. Comecei a assistir o Yoda, foi o primeiro streamer que eu consigo lembrar de acompanhar, pqp, ele tinha 17 anos quando comecei a ver ele, um moleque completamente doido, engraçado, e bom pra caralho no lol, era o combo perfeito pra quem queria assistir algum conteúdo desse jogo, e foi assim que comecei a ficar por dentro de todo esse mundo de streamers, jogadores profissionais e tal. Não demorou muito pra eu começar a pegar apreço e torcer por certos jogadores e times, como a paiN Gaming, primeiro time que eu realmente gostei no esports (esports é basicamente eletronic sports, ou seja, esportes eletrônicos, é diferente de ‘’sports’’, só a título de conhecimento mesmo), então eu já sabia o que era torcer, ficar puto com a derrota, feliz com a vitória, começar a idolatrar jogadores, assim como é em qualquer outro esporte tradicional. O primeiro time que me marcou foi a pain do Venon, SirT, brTT, Kami e Espeon, caralho, só de lembrar eu me arrepio, é muita nostalgia, sério. 5 jogadores que me marcaram pelo simples fato de estarem lá. Eles tavam lá quando tudo começou (pra mim). Com os anos passando, eu jogando lol e vários outros jogos com meus amigos, comecei a conhecer as pessoas da minha cidade e soube que existiam campeonatos de lol nela, e se eu não me engano, por volta de 2014 ou 2015 eu joguei meu primeiro campeonato, com uns 13-14 anos eu conseguia me destacar entre uma galera bem mais velha que jogava por lá e comecei a me enturmar com esse pessoal mais velho, pro pessoal do lol de Macapá, eu acho que vou pra sempre ser o ‘’matheusinho’’ kkkkkkkk. No meu primeiro campeonato eu joguei com alguns amigos em um time bem aleatório por que a gente só queria participar, saber como era, ter a experiência. Pra vocês terem uma ideia, esse campeonato foi em uma casa, com os 10 computadores lá dentro pros 2 times jogarem, tudo apertado e parecia uma casa mal assombrada, e cara, foi MUITO FODA. Obviamente eu não ganhei, tinham times melhores que o meu, mas a gente ainda conseguiu ganhar uma partida. Nesse dia eu descobri que tinham vários times em Macapá, várias panelas formadas pelos melhores jogadores, mas, mais que isso, eu descobri que tinha um time ‘’imbatível’’ no estado, e o nome era ‘’Blood and Glory’’, cara, eu meio que idolatrava os caras, pra quem não entende, esses jogos competitivos, na sua maioria, funcionam com um sistema de ranqueamento pra cada jogador, o que vai definir o nível de habilidade dele, por exemplo, se você é bom e vai ganhando várias partidas, vai subindo no ranking, subindo de patente, tipo ir do bronze para o prata, do prata pro ouro, e assim sucessivamente. Os membros desse time eram Platina/Diamante, e eu era Ouro 1, quase Platina, então eu sabia que eles eram melhores que eu e sempre tive vontade de melhorar pra derrotar eles ou entrar no time, pra também ser visto como um jogador forte, na época eu consegui pegar platina e tive um destaque aqui, sempre joguei vários campeonatos, posteriormente esse time Blood and Glory acabou, como em qualquer outro esporte, pessoas melhores foram aparecendo e ganhando, até que em um determinado momento eu e outros amigos acabamos por ser os melhores do lol no Estado, mas nunca passou muito disso, além de que eu nunca tive um destaque na fila online do jogo, então nunca tive a menor chance de levar isso a nível nacional, pra quem sabe um dia ser jogador profissional de lol, eu sempre achei que não tinha habilidade pra ser absurdamente bom nesse jogo, mas eu ficava me enganando dizendo que sim (mas também nunca me foquei a isso). Depois de muitas indas e vindas no lol, jogando e parando de jogar, em 2020 eu resolvi largar de vez. Fase 4: Counter Strike. Cara, é importante falar de CS aqui também, é um FPS, outra modalidade de jogo, outro jogo, tudo completamente diferente, cs e lol é basicamente comparar futebol com basquete, counter strike é um jogo de tiro, onde você precisa de muito reflexo, memória muscular, e várias outras coisas, é muito mais ‘’habilidade’’ do que inteligência, como no lol. Sempre joguei cs pra brincar, como um jogo secundário, pra passar o tempo com os amigos quando a gente não queria mais jogar lol ou fazer outra coisa, então eu nunca dei muita bola, mas sempre achei legal. Em um determinado momento, por volta de 2016-2017, eu já não jogava mais tanto lol e tava jogando um pouco mais de cs, por que como sempre, os ciclos de amizade vão mudando conforme vamos crescendo, e na época as pessoas que eu andava jogavam mais cs do que outro jogo, até que eu montei um time com uns amigos e a gente começou a disputar campeonatos de cs em Macapá, pra mim era bem divertido, já que eu sempre gostei da sensação de jogar um campeonato, onde outras pessoas iam ver minha habilidade, falar de como eu jogo, torcer por mim, torcer contra mim, me achar legal ou gente boa, ou me odiar pelas coisas que eu fazia ou falava no jogo kkkkk, novamente, assim como em qualquer outro esporte. Nunca fui muito pra frente no cs, pois como eu já disse, eu mal jogava, era mais um passatempo do que outra coisa realmente, e nunca fui bom ou um destaque, mas eu sabia que eu tinha algo diferenciado em jogo de tiro. O que eu não posso, é deixar de mencionar a importância que o CS teve no meu amor pelo cenário de esports. Foi o primeiro jogo onde vi o brasil ser campeão mundial, no dia 03.04.2016, se não me falha a memória. Vocês tem que tentar se colocar no meu lugar, uma criança de 14 anos, apaixonada por jogos eletrônicos, por times, jogadores, ver um time do teu país ser campeão mundial, ganhar milhões de reais, representar a gente, mostrar pro mundo todo que a porra do teu país é o melhor naquilo. Cara, é uma sensação única, não vou dizer que é a mesma sensação de ganhar uma copa do mundo, por que obviamente não é (quem sabe daqui uma década não seja mesmo?), mas é incrível. Eu gosto de pensar que tô vivendo o início, os primeiros anos ou décadas de estruturação de algo que vai ser tão gigante quanto os esportes tradicionais no futuro, como futebol e basquete, e todos nós sabemos que isso é inevitável e já tá acontecendo, mesmo que aos poucos. Esse título mundial eu não comemorei tanto, mas fiquei feliz, por tudo o que já expliquei, e por que eu já conseguia entender o significado disso pro Brasil, pros jogadores, e pra todo cenário de esportes eletrônicos. Mano, vocês não fazem ideia do quanto a gente é unido, sério. As comunidades dos jogos em si podem ser bem tóxicas, mas elas sabem se juntar. Cada um vive na sua bolha online, né? As noticias que mais vê, as pessoas que mais aparecem nas suas redes sociais, os famosos que acompanhamos, e no meu caso, assim como no de milhões de outras pessoas, minha bolha é a dos esportes eletrônicos, acompanho os jogadores, os narradores, os comentaristas, os donos dos times, os times, tudo o que diz respeito a esse ‘’universo’’, e com isso, vem a comunidade. Nós não somos separados, por exemplo, se um time brasileiro de polo aquático tá na final do mundial (nem sei se existe isso), os torcedores de futebol, de basquete, de vôlei, etc, iam CAGAR pra isso, ninguém ia assistir, ninguém ia querer saber sobre e nem nada, no caso dos esportes eletrônicos, todo mundo se junta e vai prestar toda torcida e suporte pro time ou pra pessoa (no caso de jogos individuais), e isso é lindo de se ver, sério, a gente realmente sente junto as coisas, e todos sabemos o quão beneficiado o cenário de jogos eletrônicos inteiro vai ser com essas conquistas, mesmo que de pouco em pouco. Aqui eu já parei um pouco de falar dos jogos especificamente, mas logo vou voltar, ainda queria explicar mais algumas coisas, como por exemplo, com toda essa torcida aos times e tal, também tem a tristeza né, tem os momentos de seca e tal (falando como um torcedor), e por muito tempo a gente ficou sem nenhum título internacional relevante por vários anos nos jogos que eu mais jogava ou acompanhava (Lol e Cs), e essa informação aleatória é importante pra entender o que vem aquando eu falar de Valorant. Fase 5: Fortnite. Aqui foi uma loucura, sério kkkkkk. Em 2017 o Fortnite lançou, acho que quase todo mundo aqui vai pelo menos já ter ouvido falar nesse jogo, foi uma febre por anos desde que lançou, principalmente com crianças mais novas, é um jogo de tiro também (por incrível que pareça), mas tinha os gráficos mais cartunizados, então era bem atrativo para crianças, e era diferente do normal pras pessoas mais velhas, o que acabava sendo atrativo também. Aqui nesse jogo foi quando eu decidi que ia tentar ser profissional pela primeira vez. Eu jogava muito esse jogo, desde que lançou, eu era muito bom, de verdade, e logo comecei a entrar na bolha desse jogo nas redes sociais, e acompanhar os melhores, os campeonatos e tal, até que começou o mesmo ciclo dos outros jogos, de conhecer jogadores novos pra admirar, pessoas pra ficar assistindo as lives e por aí vai, o que não alterou em nada na minha vontade de ser profissional e treinar pra isso. Nessa época eu já tava começando a me mudar pra Belém, no final de 2017, pra fazer faculdade, e eu jogava muuuuito fortnite, sempre que podia, o que me fez realmente ficar bom. Eu lembro de ficar falando pros meus amigos no discord das minhas pequenas ‘’conquistas’’ no Fortnite, mostrando as metas que eu tava alcançando, jogadas boas que eu vinha fazendo e coisas do tipo, até consegui jogar uma época com alguns profissionais, alguns campeonatos importantes e tal, mas eu nunca consegui me destacar muito com os profissionais, sempre foi muito difícil e complicado, e eu vou explicar o motivo. Pra quem não entendeu direito ainda, existem esses sistemas de ranqueamento nos jogos, e no meu caso, eu não me iludia, eu não era um ‘’ouro’’ e pensava que podia ser profissional, eu realmente jogava no nível deles, ou pelo menos próximo, em muitos casos, então eu sempre tive chances reais. Chances reais…. As vezes eu me pergunto se realmente tive isso, sabe? A realidade é que as pessoas que se tornam jogadores profissionais, além de obviamente elas terem a habilidade pra isso (o que são poucas, assim como em qualquer outro esporte, existem as pessoas que jogam com seus amigos, no seu bairro, e as pessoas que tem nível pra jogar em um clube da Série A do Brasileirão, por exemplo.), enfim, essas pessoas que se tornam os famosos ‘’proplayers’’, viveram pra aquilo, abdicam de faculdade, de trabalho, de tudo, tudo pra seguir o sonho. Esse tipo de jogo é muito duro, por que por exemplo, eu posso até ter nível pra ganhar de um jogador que já é famoso, profissional e tal, mas eu vou ganhar? Não. Simplesmente por que ele tem todo o tempo pra treinar, ficar jogando, se dedicando, enquanto eu mesmo querendo ser assim, tenho que jogar como um ‘’hobby’’, pelas inúmeras responsabilidades que tenho, como trabalho, faculdade, estudos, e isso é bem triste pra ser sincero. Ou seja, eu só consigo jogar ‘’quando dá’’ e obviamente isso faz TODA a diferença, o que acaba tirando até a possibilidade de TALVEZ ter a CHANCE conseguir acesso a esse ‘’mundo’’, por que mesmo se eu tivesse o tempo, dedicação e tudo mais, vivesse PRO sonho, ainda seria uma incerteza, assim como um jogador de base que quer dar certo em clubes grandes. Fiz toda essa reflexão aí por que foi quando eu comecei a ver, no Fortnite, que mesmo treinando, quando dava, sendo bom, se dedicando um pouco e tal, eu não ia conseguir chegar lá, e sabendo disso, fazia com que eu jogasse menos ainda o jogo, e até hoje eu sou assim, eu mesmo sabendo que poderia chegar nesse nível, não consigo jogar muito, fico enjoado do jogo, acho que tem muito a ver com o fato de o meu subconsciente já ter aceitado que isso não vai mais me levar a nenhum lugar. Enfim, joguei Fortnite até 2019, quando na MINHA opinião, o jogo começou a ficar ruim, mas serviu pra eu pensar bastante sobre tudo o que já falei aqui. Fase 6: Valorant. Bora lá, aqui já é a atualidade, como eu falei, em 2019 eu parei de jogar Fortnite, e no final desse ano a Riot Games, empresa do league of legends, fez um anúncio no final do ano, dizendo que iam lançar um jogo de tiro (estilo de jogo que eu mais gosto de jogar) então eu logo pensei: ‘’pô, uma empresa gigante e famosa vai lançar um jogo novo, que ninguém nunca jogou, e ainda é de tiro (que eu sei que sou bom), esse é o meu jogo.’’; e quando vi o anuncio eu falei pros meus amigos: quando ele lançar eu só vou jogar ele, vou dar a minha vida e tentar virar pro. Fiquei meses esperando, até que finalmente lançou o beta, e eu comecei a jogar, vi que tava indo bem, logo consegui pegar a segunda patente mais alta do jogo, Imortal, logo no beta. O tempo passou, o jogo finalmente lançou oficialmente, por volta de Junho de 2020, e comecei a jogar todo dia, durante várias horas (foi quando começou a pandemia também, então sendo bem sincero, eu tinha tempo de sobra, já que as aulas online sempre foram um fracasso), até que consegui pegar Imortal de novo, jogava contra jogadores que posteriormente vieram a ser jogadores profissionais e ídolos de vários jogadores (e eu nem imaginava), mas mesmo tendo todo esse tempo, depois de um tempo passei a não jogar tanto, eu meio que me contentava em ‘’estar lá’’, eu basicamente me contentava em saber que eu poderia estar no nível desses caras, mesmo não estando. E eu me odeio por isso, eu não sei por que não tenho a gana, a vontade de querer estar lá, sabendo que eu posso, tenho essa capacidade, e que eu quero isso pra mim. Depois de um tempo jogando, comecei a jogar alguns campeonatos regionais desse jogo, principalmente em Macapá, e eu sempre me considerei o melhor de lá, e jogava com quem eu considerava os melhores junto de mim, então eu sempre ganhei tudo o que joguei pelo Amapá, sem contestação alguma, logo depois comecei a jogar aqui por Belém, tudo começou em 2021, quando vi no instagram uma faculdade daqui postando que iam ter os jogos universitários de Valorant da RedBull, e que tinham criado um grupo de whatsapp pra montar times de universitários de belém pra jogar esse campeonato nacional, então eu soube que tinham pessoas do meu nível e até melhores, aqui do meu lado, e isso me animou muito. A gente montou um time com os 5 melhores universitários de Valorant (na época) e fomos jogar, pela primeira vez eu tava jogando algo de relevância nacional com um time, em um jogo que eu sabia que era bom. Mesmo sendo jogos universitários (que é a várzea da várzea, se comparado a esportes tradicionais), eu gostei da sensação, sem falar que me senti até importante recebendo em casas várias caixas da redbull com várias coisas e tal, como se eu fosse um famoso recebendo mimos do patrocinador kkkkk, foi a primeira vez que senti 1/10 do que é ser um jogador profissional, apesar de já ter ganhado vários campeonatos regionais desse jogo e de outros. Mas enfim, a gente não conseguiu ir tão longe quanto gostaríamos nesse campeonato da redbull e acabamos eliminados, mas até aí tudo bem, em 3 dias nós 5 do time nos conhecemos, combinamos uma coisa ou outra e fomos jogar (e nem eram todos tão bons assim), ou seja, foi do nada. Acontece que um dos jogadores desse meu time, uns dias depois da nossa eliminação, veio falar comigo no privado me chamando pra um projeto, que seria entrar em um time profissional, cara, eu não tinha palavras pra demonstrar minha felicidade quando soube dessa possibilidade no dia. Pulando algumas coisas, fizemos um projeto onde pegamos 5 jogadores, sendo 4 (contando comigo), dos melhores jogadores do Norte, onde coincidentemente eram todos de Belém, e acabamos entrando no Remo, sim, o clube do remo, time de futebol. Já não é de hoje que os times de futebol vem criando times de jogos eletrônicos também, aproveitando que é mais barato de manter do que um time de esporte tradicional, como futebol, então acabamos entrando e sendo anunciados como o time de Valorant do Remo, a gente treinava todo dia, das 18 as 22, as vezes até mais, ficávamos jogando contra outros times, jogando campeonatos, estudando o jogo, tudo isso entre Maio/2021 até Julho/2021, foi pouco tempo, e nesse pouco tempo eu e mais 3 jogadores do nosso time se mostraram ter habilidades individuais boas o suficiente pra conseguirmos virar profissionais, como um time, nós conseguimos resultados bons contra times fortes do Brasil, contra times Tier 2 (que seria uma Série B), pois é muito grande a diferença dos times Tier 1 (que seria a série A), mas mesmo assim foi o suficiente pra gente ver nosso resultado e até onde a gente podia alcançar, porém por diversos motivos nosso contrato com o Remo acabou, o time acabou, ficamos tão perto de ter algum resultado expressivo que pudesse mudar algo na nossa realidade ou até mesmo no nosso futuro, e não tínhamos conseguido, e nisso as coisas já estavam começando a normalizar um pouco mais no Brasil em relação ao Covid, então nossos horários começaram a não bater mais, começamos a ter algumas responsabilidades e ocupações que não vinhamos tendo, e isso acabou custando com que o time acabasse de vez, pelo menos pra jogar juntos e tentar ser profissionais, a gente continuaria jogando os campeonatos regionais juntos quando tivesse, por que a gente sabe que mesmo com alguns jogadores parados, nós somos tão bons que conseguiríamos ganhar por aqui mesmo assim, e essa é a realidade. Eu poderia jogar muito mais do que eu jogo hoje em dia, eu tenho tempo pra isso, eu tenho vontade de virar profissional, afinal eu amo jogos eletrônicos, é a única coisa que eu realmente amo e gosto de fazer, e tipo, eu não sei por que não jogo mais e me dedico pelo menos no tempo que tenho e posso, acho que é como eu já falei mesmo, já aceitei no meu subconsciente que isso não vai me levar a lugar nenhum, em outras palavras, eu meio que não acredito no meu potencial, ao mesmo tempo que eu acredite que eu tenha, é meio doido mas é tipo isso kkkkkk, isso junto de todos os outros empecilhos já citados de responsabilidades de estudo, faculdade e tudo mais. Como já falei outras vezes, com o valorant não foi diferente, o jogo foi crescendo, foram começando os campeonatos a nível nacional e mundial, as organizações grandes fora criando times, e começou a existir um cenário muito grande e forte em apenas 2 anos. Milhões de jogadores jogam valorant todos os dias, e mais milhões assistem todo santo dia também, então vários jogadores começaram a se tornar ídolos, e pela primeira vez em muitos anos, em vários jogos, o Brasil era bom a nível mundial novamente, e pulando vários campeonatos, várias felicidades e tristezas que o Valorant já proporcionou pra mim e pra milhões de outras pessoas pelo mundo, o motivo de eu ter tido vontade de escrever tudo isso hoje, foi por que após vários anos, de quando eu vi o primeiro mundial de CS:GO, em 2016, o Brasil foi campeão mundial de novo, no dia 18.08.2022, do jogo que eu jogo, e que, pelo menos, atualmente, eu amo. Basicamente é isso, nunca se sabe o dia de amanhã, nunca se sabe se pode dar certo do nada, ou se pra sempre eu vou ter tido o gostinho do ‘’quase’’, de que eu poderia ter sido mais se eu quisesse, pudesse, ou se eu simplesmente tivesse conseguido, por que vamos ser sinceros, depois de tudo o que eu falei aqui e já expressei, em alguns anos eu posso amadurecer e simplesmente ler isso tudo de novo e pensar: ‘’caralho, eu falei tanto que poderia ter sido jogador profissional, trabalhado nesse mundo, mas eu nunca tive a habilidade, eu falseava isso pra mim mesmo. Eu posso simplesmente só ter tido ego pra caralho desde sempre, me achado tão superior assim, e nunca fui nada, na realidade eu já tinha alcançado o máximo reservado pra mim disso’’, ou eu posso simplesmente sempre acreditar na minha capacidade pra sempre também. Nada disso que eu escrevi foi uma lamentação, não é um texto triste nem nada disso, é puramente eu, pela primeira vez, me abrindo um pouco pra compartilhar com vocês um pouco da minha relação com esse mundo dos jogos eletrônicos, por que assim como eu, eu sei que muitas pessoas têm uma relação única e especial que vão levar pro resto da vida com isso, além do mais, vale destacar que deixei de mencionar alguns outros jogos que deixaram uma marca absurda em mim também, falei apenas de alguns, e cara, eu gostaria muito de fazer uma menção honrosa a época do H1Z1, um dos jogos, se não o jogo que mais me diverti jogando, eu realmente gostava, uma pena que a empresa praticamente matou o jogo. Foi uma puta experiência acompanhar esse jogo, foi onde tive um dos meus primeiros ídolos, o Ninja, algumas pessoas podem já ter ouvido falar dele por causa do Fortnite, mas eu acompnhei esse cara desde quando ele era um ninguém, assim como o Yoda, que falei no início do texto, e pra mim é muito foda e gratificante ver a evolução deles, os caras batalharam pra caralho pra estarem onde estão hoje, ambos já foram os maiores streamers do seu país, quando comecei a ver o Yoda ele tinha 17 anos, hoje ele tem 27, uma esposa, muito dinheiro e uma legião de milhões de fãs, isso é inacreditável, é incrível. O Ninja eu nem preciso falar do quanto ele cresceu, o cara virou um fenômeno, sei lá, é tudo muito gratificante. E assim, no mesmo dia 19.09.2022, as 04:24 da manhã eu termino até essa parte aqui, vendo o casimiro assistir o primeiro episódio do masterchef profissionais de 2022, e é isso. Até mais, amo jogos! <3
Este é um notepad compartilhado, Clique aqui para criar o seu.